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Santa Catarina

Oscilação nos custos de produção

  • Arquivo DR - Conforme apurado, o custo de produção de suíno aumentou e o de aves apresentou redução.

Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) revela nuances em custos de produção de julho. No tocante aos suínos, houve aumento no valor. Já no que tange as aves, há redução

Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias), da Embrapa, revela nuances em custos de produção de julho. No tocante aos suínos, houve aumento no valor. Já no que tange as aves, há redução.

O Índice de Custo de produção de Suínos (ICPSuíno) apresentou aumento de 2,82%, em relação a junho. Conforme apurado, o fechamento do mês ficou em 431,75 pontos. O custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 7,34 em junho para R$ 7,55 em julho. Nos primeiros seis meses do ano, o ICPSuíno acumula 7,80% de alta e, nos últimos 12 meses, 6,24%.

421,99 pontos foi o fechamento do Índice de Custo de Produção de Frango (ICPFrango). O montante tem retração de 0,36%. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, reduziu R$ 0,02 em julho com relação a junho, chegando aos R$ 5,45. De janeiro até julho, o ICPFrango acumula alta de 4,58% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 5,29%.

Segundo Ari Jarbas Sandi, analista de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, os custos de suínos se elevaram porque foram feitas duas modificações. Uma é relativa à migração do preço do transporte de alimentos do item “transportes” para o item “alimentação”. Outra pela atualização do valor dos investimentos imobilizados em edificações e equipamentos, os quais impactaram os custos fixos.

 “Os valores que a Embrapa utilizava, mesmo sendo corrigidos mensalmente pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna/IGP-DI/FGV, ficaram defasados no período pós-pandemia. Deste modo, o valor dos investimentos sofreu ajustes de acordo com o que o mercado pratica na atualidade. Isso impactou os custos fixos de produção de suínos do mês de julho em relação a junho de 2022. Já em relação à realocação das despesas com o transporte de alimentos para as despesas com a alimentação, isso não alterou os custos variáveis. Embora, aparentemente, o custo com a alimentação tenha aumentado, os custos com o transporte diminuíram justamente em detrimento desta alteração, permanecendo em transportes apenas as despesas relativas ao translado de dejetos e animais”, diz o analista da Embrapa.

A alteração no valor dos investimentos não foi exclusividade da suinocultura. Houve alterações também no valor dos investimentos imobilizados para a produção de frangos de corte. Mas, o impacto nos custos totais de produção foi de menor proporção quando comparado à atividade suinícola.

Assim, mesmo com a atualização dos valores investidos em aviários para a produção de frangos de corte, o ICPFrango de julho foi menor em relação ao de junho (-0,36%). Essa deflação no índice de custo de produção de frangos foi influenciada principalmente pela diminuição nas despesas com a alimentação das aves, cuja variação foi de -1,86%.

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